A mente que mente é regador de ilusões não faz proliferar jardim...

Amigos que agente faz por ai...

domingo, abril 29, 2012

Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/10.


Em pesquisa realizada em março de 2008, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia,  os entrevistados  colocaram o  Dr. Içami Tiba  como  terceiro  autor  de referência e admiração - o primeiro nacional. 
                                                 1º- lugar: Sigmund Freud; 
                                                 2º- lugar: Gustav Jung; 
                                                 3º- Lugar:  Içami Tiba   

Aqui estão algumas ideias defendidas pelo psicólogo a respeito de educação de filhos:
            1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre. 
            2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, TV, etc. 
            3. Castigo não é ficar sem fazer nada. Castigo É FAZER, trabalhar: consertar, lavar, arrumar, ajudar...                                                                                                                             

4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real e entender que, sim!, os filhos mentem, porque são humanos e – muitas vezes – parece que a mentira é o caminho mais curto. É necessário fazê-los entender que, ainda assim, não é o melhor caminho.   
            5. Se os pais descobrem que o filho mentiu, ele DEVE ser castigado. Do contrário, dá-se a impressão de que mentir não tem importância.
            6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.   
            7.  A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender. 
            8. É preciso transmitir aos filhos a ideia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0. 
            9. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calma virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, o futebol, os passeios, os privilégios ficarão suspensos, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo. 
            10. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
            11. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser educado é obrigação. Respeitar regras e os mais velhos é obrigação mínima de todo cidadão decente.
            12. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.
         13. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida. 
            14. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo. 
            15. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. 

Andrea Deadena













sábado, abril 28, 2012

A super mãe...

Mulher de coragem...amor de mãe.

Perfil do educador Infantil...muito interessante.

Organizacao do Espaço e do Tempo...adorei

"Eu tenho muito orgulho de ser professor", diz Mercadante

MARIA DA PENHA NELES: Orgulho de ser professora brasileira: Brasileiro é escolhido professor do ano nos EUA

MARIA DA PENHA NELES: Orgulho de ser professora brasileira: Brasileiro é escolhido professor do ano nos EUA

Organizar a rotina da alfabetização


Antes de receber a turma de alfabetização, o professor deve planejar que atividades vão proporcionar o contato sistemático e significativo com práticas de leitura e de escrita

Aos 5 ou 6 anos de idade, as crianças percebem mais claramente que existem outras formas de representar o mundo sem ser por meio de desenhos cheios de traços e cor. Descobrem, enfim, a presença e a importância da escrita, que permite a todos comunicar ideias e opiniões por meio, por exemplo, de cartas, bilhetes, notícias e poemas. Mas, para que cada um dos pequenos dê esse grande salto no aprendizado, é preciso que a atuação do professor no Ensino Fundamental de nove anos esteja ajustada a esse propósito. 


O passo inicial é definir com antecedência as atividades que vão fazer do ano letivo um encadeamento de descobertas, cada uma delas mais desafiante que a outra. "O educador precisa ter uma visão geral do trabalho para prever em que ritmo as propostas de leitura e escrita vão se aprofundar ao longo do período", explica a professora argentina Mirta Torres, especialista em didática da leitura e da escrita.


Segundo Mirta, nesse planejamento é importante considerar que cada criança já está em processo de alfabetização. "Antes de irem para a escola, os pequenos tiveram contato com práticas de leitura e de escrita, com maior ou menor grau de espontaneidade, ao escutar os pais lerem histórias, ao folhearem livros ou ao verem adultos e outras crianças escreverem", pontua. O que muda é que na escola esse processo passa a ser intencional e sistemático, ganhando sentido e contando com a participação ativa de cada estudante.


Para chegar ao detalhamento da rotina semanal de uma classe de 1º ano, o educador precisa ter clareza de que itens devem ser combinados e com que regularidade devem ser praticados para permitir às crianças entender em que situações se lê e se escreve, para que se lê e se escreve e quem lê e escreve. "E não é necessário ter sempre novidades programadas. A continuidade dá segurança aos alunos e, associada à diversidade de assuntos, amplia o repertório deles", explica Debora Samori, pedagoga e formadora de professores do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac). Um planejamento acertado contempla três tipos de atividade. 

1. Atividades permanentes 

São essenciais para o processo de alfabetização. Por isso, devem ser praticadas diariamente ou com periodicidade definida e em horário destinado exclusivamente a elas. Incluem: 

1. A leitura pelo professor, feita diariamente, em voz alta, caprichando na entonação para aumentar o interesse e tomando cuidado para variar os gêneros durante o ano: contos, cartas, notícias, poemas etc. 

2. A leitura pelos alunos, feita em dias alternados com atividades de escrita, sempre tendo como objeto textos que eles conheçam de cor, como cantigas, parlendas, trava-línguas, textos informativos etc. 

3. A escrita pelas crianças, feita em dias alternados com atividades de leitura, tendo como objeto a produção de listas de nomes de colegas, de frutas, de brinquedos etc., que podem ser escritas pelos estudantes com lápis e papel ou com letras móveis. 

4. A produção de texto oral com destino escrito, feita em dias alternados com atividades de leitura, quando os alunos criam oralmente um texto e o ditam para o professor, trabalhando o comportamento escritor. 

2. Sequências de atividades 

São organizadas para atingir diversos objetivos didáticos relacionados ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita. Necessariamente apresentam um nível progressivo de desafios. A duração varia de acordo com o conteúdo eleito. Pode levar dois meses ou chegar a quatro, sendo praticada duas ou três vezes por semana. Visam levar as crianças a construir comportamentos leitores associados a propósitos como ler para aprender, ler para comparar diferentes versões de uma mesma obra e ler para conhecer diversas obras de um mesmo gênero. Em um bimestre, pode ter como objetivo trabalhar a leitura de contos de autores variados. Em outro, pode eleger a leitura de seções de jornal para que a turma se habitue a outro tipo de texto. 

3. Projetos didáticos 

São formas de organização dos conteúdos escolares que contribuem para a aprendizagem da leitura e da escrita ao articular objetivos didáticos e objetivos comunicativos. A sequência de ações de um projeto culmina na elaboração de um produto final (um livro de receitas saudáveis para as merendeiras da escola, uma gravação em CD ou fita cassete com a leitura de poesias para alunos de Educação de Jovens e Adultos, um jornal de bairro a ser distribuído para a comunidade etc.). Pode durar todo um semestre e ter ou não conexão com o projeto didático proposto para o segundo semestre. No primeiro, por exemplo, os alunos ouvem a leitura de poesias e decidem quais farão parte de um livro escrito pelo professor (que atua como escriba) e ilustrado por eles. A destinação da obra deve ficar clara. Pode ser o acervo de livros da professora, a biblioteca da escola, a família das crianças ou colegas de outra turma. No segundo semestre, uma proposta poderia ser a leitura pelos alunos de poesias que sabem de memória para depois serem declamadas em público em um sarau organizado por eles, reunindo os pais, os estudantes e a comunidade.


Avaliar sempre


Com base nas atividades essenciais e a frequência com que devem ser realizadas, o professor pode fazer uma programação detalhada do que vai trabalhar durante o ano (veja um exemplo no quadro abaixo). Após essa distribuição, é possível fazer agendas de 15 ou até 30 dias de aulas, dia após dia, de segunda a sexta-feira. Essa é uma etapa de grande importância no planejamento. Nela, os projetos didáticos e as sequências de atividades também são elaborados em detalhes, definindo-se justificativas, tempos de duração, materiais necessários, aprendizagens desejáveis e desenvolvimento passo a passo. 

Colocar tudo no papel faz pensar na forma de realização das atividades, além de antecipar a necessidade de separação ou de compra de materiais: que livros devo ter à mão para ler aos alunos? Quais voltarei a ler ao longo do ano? Quais devo ter em maior quantidade para permitir que todos acompanhem a leitura? Como escreveremos a lista de nomes dos alunos? Como eles vão se apresentar à turma? 

Outro cuidado importante é, logo nas primeiras atividades, identificar que habilidades, conhecimentos e dificuldades cada aluno traz de suas experiências de vida, seja em casa, seja na escola. "Esse é o momento de observar, tomar nota e refletir sobre a atuação de cada um em tarefas coletivas, em atividades realizadas em duplas ou trios e em momentos de trabalhos individuais, o que permitirá acompanhar a evolução dela no ano", orienta a pedagoga Debora Samori. 

A classe pode ter crianças em diferentes níveis de conhecimento em relação à escrita. O professor não deve encarar isso como um problema. Cada aluno é importante e traz características que devem ser identificadas e aproveitadas. A orientação é ajustar o foco, pensar nas possibilidades de interação e troca e seguir em frente com o trabalho. 

Há uma infinidade de descobertas a serem feitas por seus futuros leitores e escritores, e eles vão precisar de muitos desafios para dizer o que pensam e compreender o que leem.



Fonte: Nova Escola

Hipóteses de Leitura

Contribuições à Pratica Pedagógica
(Texto elaborado pela Equipe Letra e Vida-CENP)

Hipóteses de Leitura

Hoje é possível saber que, assim como as hipóteses sobre como se escreve são contribuições originais das crianças, a distinção entre o que está escrito e o que se pode ler também resulta de uma elaboração do aprendiz. Isso não significa que as informações recebidas tanto dentro como fora da escola deixem de ter um papel nesta construção, e sim que a compreensão de que se escreve cada seguimento do que se fala, por exemplo, não é passível de transmissão direta nem é, como se pensava, evidente por si mesma.

Mas o que, de fato, saber sobre a distinção entre o que está escrito e que se pode ler elaborada pelo aprendiz contribui para a prática pedagógica?
As informações sobre as “ hipóteses de leitura” indicam que:

1- As idéias dos alunos sobre o que está escrito e o que se pode ler evoluem de acordo com as oportunidade de contato com a escrita; portanto, promover variadas situações de leitura- em que os alunos participem de forma ativa, ou testemunhem atos de leitura e escrita como parte interessada- favorece a conquista da correspondência exaustiva entre os seguimentos do enunciado oral e os seguimentos gráficos.

2- Ler em voz alta uma oração ou um texto marcado oralmente de forma artificial as fronteiras de cada um dos seguimentos escritos, ou solicitar que os alunos pintem os espaços entre as palavras (como se eles tivessem dificuldades para perceber o “vazio” que separa graficamente as palavras) não garante sua compreensão de que tudo o que foi dito deve estar escrito, e escrito na mesma ordem emitida. As informações fornecidas pelo professor são processadas pelo aprendiz de acordo com suas próprias concepções. Em outras palavras: os alfabetizandos não possuem problemas de percepção quando não compreendem esse fato tão óbvio ao olhar alfabetizado - o de que tudo o que se diz deve estar escrito na mesma ordem da emissão. Mas a conceitualizaçã o que possuem ainda não dá conta da questão, e avançarão na medida em que tiverem oportunidade de participar em situações de aprendizagem que demandem refletir sobre o que deve estar escrito em cada “ pedaço” dos textos.

3- Oferecer textos que os alunos conhecem de cor ( parlendas, poesias, canções, quadrinhas etc) e solicitar que acompanhem a leitura indicando com o dedo costuma ser uma boa situação para que possam reorganizar suas idéias sobre o que está escrito e o que se pode ler. Solicitar que localizem neses textos determinados substantivos, adjetivos, verbos e até “partes pequenas” – artigos, preposições etc- pode ser uma boa intervenção por parte do professor. Por exemplo, ao realizar uma atividade de leitura de uma quadrinha ou canção que as crianças sabem de cor, é interessante que, enquanto elas vão dando conta de localizar as palavras que acreditam estarem escritas, o professor vá propondo a localização de outras mais “difíceis”. Obseve a quadrinha abaixo:

PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
QUEM GOSTA DE MIM É ELA
QUEM GOSTA DELA SOU EU

Além de pedir para localizar “pirulito” e de perguntar com que letra começa ou termina, é possível propor inúmeras questões para os alunos pensarem. Pode-se notar que há inúmeras palavras repetidas. Para crianças que ainda não avançaram muito em direção á idéia de que tudo o que se lê precisa estar escrito, isso soa absurdo. Mas, como as dificuldades são de ordem conceitual, e não perceptual, salta-lhes aos olhos que existem vários “pedaços” idênticos. Mais precisamente cinco pares. Quatro se repetem na mesma posição, no verso seguinte e um (Bate) no mesmo verso. Apoiar o esforço dos alunos para descobrir o que está escrito em cada par e em cada um dos outros pedaços é a tarefa do professor. Lançando uma questão de cada vez, analisando as respostas para formular a seguinte e, dialogando, ir avançando com eles.

4- O trabalho com listas ( de animais, brincadeiras preferidas, ajudantes da semana etc) também é adequado na fase inicial da alfabetização, pois além de ser um tipo de texto que vê de encontro à ideia das crianças de que só os nomes estão escritos, permite que elas, diante de uma situação de leitura de lista, antecipem o significado de cada item, guiadas pelo contexto((animais, brincadeiras etc) e, na situação de escrita de lista, concentrem na palavra e reflexão sobre quais letras usar, quantas usar, em que ordem usar.

5- Iniciar a alfabetização pelas vogais e palavras como “ ovo, uva, pé, em lugar de facilitar, pode acabar dificultando a aprendizagem dos alunos. Essa escolha didática desconsidera que, no início de seu processo, os alfabetizandos acreditam que palavras com poucas letras não podem ser lidas. Portanto, centrar a fase inicial da alfabetização em atividades com esse tipo de palavras- tidas como fáceis- significa caminhar na contramão das idéias dos aprendizes.

6- O conhecimento das “hipóteses de leitura” n ao deve se transformar em um recurso para categorizar os alunos, mas sim estar a serviço de um planejamento de atividade que considere as representações dos alunos e atenda suas necessidades de aprendizagem.

7- É preciso cuidado para não confundir hipóteses de leitura com estratégias de leitura: são coisas diferentes. As idéias que as crianças têm a respeito do que está escrito e do que se pode ler, isto é, as hipóteses de leitura, são de natureza conceitual. Já as estratégias de leitura- antecipação, inferência, decodificação e verificação- são recursos que os leitores- todos, tanto os iniciantes como os competentes- usam para produzir sentido enquanto lêem um texto. São estratégias de natureza procedimental, o que significa que são constituídas e desenvolvidas em situações de uso.

8- É fundamental desfazer um equívoco generalizado. Muitos professores pensam que as conhecidas hipóteses de escrita- pré-silábica, silábica, alfabética- são também hipóteses de leitura. Não há fundamento para dizer que um aluno é, por exemplo, sil´bico na leitura. É importante que os professores compreendam que, quando um aluno escreve IOA e, solicitado a ler, aponta I ( para PI), O ( para PO), A ( para CA), ele está explicando o que pensou enquanto escrevia. Está explicando sua hipótese de escrita. Está justificando sua escrita. O que poderíamos chamar de hipóteses de leitura são as soluções que o aluno produz quando solicitado a interpretar um texto escrito por outra pessoa, como é possível observar no programa O que está escrito e o que se pode ler.


Não saia sem comentar... Abraços, Tatiana

Esse texto maravilhoso é do blog da Tatiana...http://tatiana-alfabetizacao.blogspot.com.br

Obrigada pela leitura.

quarta-feira, abril 25, 2012

Profissão: Pedagogia


O que faz um pedagogo (a)

O pedagogo deixou de ser apenas aquele profissional de educação que atua dentro das escolas. Apesar de haver um desprestígio da carreira, do salário não ser atrativo e de cair o número de candidatos que buscam cursos superiores nesta área, especialistas garantem que o mercado de trabalho está cada vez mais amplo.
Quem se forma em pedagogia está habilitado a atuar dentro das escolas. Esta atuação pode envolver a educação infantil, que corresponde a creches e pré-escola, o magistério nas séries iniciais do ensino fundamental, que seria do primeiro ao quinto ano, podendo ensinar matérias pedagógicas em cursos normais e na área de gestão do colégio, coordenação e orientação pedagógica.
 Nos espaços não-escolares, os profissionais também saem habilitados a trabalhar em ONGs, museus, brinquedotecas, bibliotecas, mídias educativas, pesquisa, produção de material pedagógico, políticas educacionais e qualquer espaço que tenha algum tipo de educação envolvida. A professora e coordenadora do curso de pedagogia da PUC Rio, Zena Eisenberg, destaca ainda outros campos de atuação. "A gama de oportunidades é muito vasta, mas a educação à distância é uma área que está crescendo e requisitando muito a presença de pedagogos. 
Muitos de nossos ex-alunos também conseguiram oportunidades fazendo consultorias, na elaboração de projetos e no setor de RH." Zena Eisenberg explica que essa procura das empresas por pedagogos que possam fazer o treinamento do pessoal, é uma saída para quem quer trabalhar com educação sem se restringir à escola. "Vários alunos entram aqui e não tem interesse nenhum em trabalhar na escola. O salário do professor é muito baixo ainda, ele tem sido muito pouco valorizado. Paradoxalmente, cada vez mais as pessoas, as ONGs, as empresas, as TVs estão se dando conta da necessidade de uma pessoa que entenda de didática, de educação, de como transmitir conhecimento. E é o pedagogo quem sabe fazer isso. Como essa perspectiva salarial é melhor, os estudantes têm sido atraídos para esses outros espaços."
São necessários quatro anos de graduação para a formação em pedagogia. A formação completa e preparação pedagógica do profissional se dá através de quatro metodologias: ciências sociais, matémática, língua portuguesa e ciências naturais. A partir daí, os alunos passam quatro semestres completos dentro da escola, fazendo estágios para poder se habilitar a trabalhar com essas quatro áreas. 
O objetivo do curso é preparar a pessoa para que ela trabalhe de forma educativa, com os materiais e com as pessoas. 
As habilidades e competências que um pedagogo tem que ter quando ele sai do curso estão relacionadas a lidar com o outro de uma forma educacional. "Se vai trabalhar com criança pequena ou com jovens e adultos, tem que saber quem é essa criança, como ela aprende, ter metodologias a mão, entender porque ela ainda não está alfabetizada, ter embasamento teórico muito grande para poder entender essa interação e as dificuldades que se apresentam durante essa interação.", explica Zena.Desafios da carreira Zena Eisenberg reforça que o maior desafio para formar bons professores no país, é aliar a teoria e prática. "Historicamente, os cursos de formação de professores no nível normal, no ensino médio, enfatizaram muito a técnica, a metodologia e acabaram encaixotando certas didáticas, que tornaram-se muito automáticas", afirma. "O que eu faço se uma criança chora, se bate, se ela não acompanha, se faz muito barulho, se atrapalha, são várias as questões do mundo real da sala de aula principalmente que não são contempladas quando você está pensando e enfatizando a teoria no curso." 
Segundo ela, o baixo salário que não permite a sobrevivência independente também acaba afastando as pessoas desses cursos.
 Por isso, a questão de ir para a escola pública ou particular é uma questão que divide os estudantes. 
A escola pública tem a vantagem de ser uma função estável por depender de um concurso público, já a escola particular paga bem melhor. O piso nacional da educação para professores com nível médio é de R$ 1.451 para 40 horas semanais. 
Mas a média salarial de quem se forma em pedagogia varia de estado para estado e município para município. Se o profissional tem um mestrado no currículo, o valor pode aumentar até 20%. No Brasil, o pedagogo pode atuar apenas com a graduação, mas a busca de especializações, cursos livres, pós-graduação podem ajudar a focar ainda mais na área de escolha, além valorizar a formação. 
 http://g1.globo.com

Kelly Mendonça - No Embalo da Rede - Maria Gadú